Já perdemos a noção de tempo e espaço. Dezesseis dias já parecem um ano. Fica quase impossível lembrar o dia do mês e da semana sem olhar um calendário. Dificilmente lembramos em que cidade ou país estamos, onde paramos, o que comemos no café-da-manhã, onde almoçamos no dia anterior. Já aconteceu de fazermos uma refeição num país e a seguinte em outro. Já passamos quase trinta horas dentro de um ônibus de sete por três metros, juntinhos, dormindo uns em cima dos outros, ajudando a esquentar o frio e a refrescar o calor. Lendo poesias e contando piadas. É como se todos nós já nos conhecêssemos desde a infância. Estamos dividindo muita coisa. Somos a nossa família por enquanto. Choramos e sorrimos uns para os outros e por mais que exista a internet para encurtar a distância, ainda assim, é pro ombro do lado que vão as nossas impressões e angústias. Aprendemos a respeitar as diferenças, nos apoiamos nos momentos difíceis. Se um grita, o outro cala, se um chora o outro abraça, se um ri, todos riem. Ninguém é mais o mesmo de quando chegou.
2 comentários:
Mari, estou adorando seus posts, tenho acompanhado e estou muuuuuuuuuito feliz por vc.
Beijo grande!
deve ser uma experiência impar, amadurecendo na raça!
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